domingo, 17 de maio de 2009

Breu

As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela andava.
Sua face umedecida parecia potencializar o frio naquela noite.
Ventava muito.
A rua calçada de paralelepípedos dificultava ainda mais seu caminhar.
Enquanto seus cabelos teimavam em cobrir os seus olhos.
Ela não ouvia nada.
O ecoar de seus passos se perdia na escuridão.
Algo em seu peito a torturava.
Agruras que tiravam seu sono há dias se manifestavam intensamente naquele momento.
Breu.
Mas sua tormenta seria breve, ela sabia.
Havia alguém no seu caminho.
Ao abrir a porta de casa voltou à realidade.
O trincar das chaves a fez lembrar da escola, em sua infância.
Olhou-se no espelho antes de dormir e não se reconheceu.
Foi então ao encontro de quem na cama a esperava.
A solidão acolheu-a como uma mãe a uma filha.
As melhores horas de seu dia estavam por vir.

2 comentários:

Anônimo disse...

mas que menino lindo esse meu amigo! Outro dia lembrei disso, vim aqui reler.


ass: sua best (of the best) friend ever! rs

liamo e morro de saudades!
Odeio quilômetros. Até breve?!

Tico Marinho disse...

Quem é???