sábado, 20 de março de 2010

Olhares






Os degraus da escada rolante moviam-se lentamente.
Enquanto seus olhares cruzavam-se pela última vez.
Aqueles incrédulos segundos pareciam eternos.
As lágrimas, que insistiam em marter-se disfarçadas, fatalmente mostraram-se.
Silêncio.
O dia estava cinza novamente.
A melancolia inerente ao inverno local agravava-se.
O perfume costumeiramente presente nas manhãs intermináveis não existia mais.
Mas os dias seguiam.
Sem cor ou trilha sonora, mas seguiam.
Um após o outro.
A lembrança fundia-se com a esperança em busca de consolação.
E as lágrimas uma vez derramadas catalizavam essa procura.
A primavera estava por chegar.
Uma brisa suave sem dúvidas atenuaria o inconformismo.
No entanto, a espera só seria dizimada no verão.
Onde o brilho daqueles olhares se atravessariam novamente.
E a expectativa seria convertida em verdade.
Será breve.
E será infindável.

6 comentários:

Tico Marinho disse...

FAÇA O SEU COMENTÁRIO E MARQUE ABAIXO A CAIXA "Enviar por e-mail comentários de acompanhamento para..." PARA RECEBER MINHA RESPOSTA POR E-MAIL!

Vagner Oliveira disse...

Belo texto. Adorei. Não só olhares mas sentido.

Parabéns.

Tico Marinho disse...

Valeu Vaguinho!
Muito obrigado! :)

Luciana disse...

Finalmente mais poesia nesse blog! Já tava cansada de tanto futebol! Ai ai

Vem vem...

Tico Marinho disse...

É né, Lu???
Hehehe!
Vai rolar mais poesia!
E vou, vou sim!!!
Breveee!!!
Beijo!

João Neto disse...

Pow kra.... mais uma vez... sem comentários!
Muito bom, parabéns!